quarta-feira, 7 de março de 2018

XIIII!!!






Quando eu “era moleque” (essa frase é esquisita, não é?) era “meio aventureiro” (também ficou esquisito...).

Enfim, andava de bicicleta (tive uma lindíssima Caloi Sprint 10), andei de caiaque, fiz um curso de vela, mergulhei.
(Quis pilotar carros de corrida e tirar brevê, mais isso ficou só na vontade...)

Antes, ainda mais novo, ante a impossibilidade de comprar uma prancha de surf, fiz, com ajuda do meu pai, um “sonrisal”.
Era um pedaço de compensado, circular, que se jogava na beira da praia, pulava em cima e saia deslizando.

Era divertido.

Quando fiquei um pouco mais velho e tinha um pouco mais de grana, acabei comprando uma moto.
Honda XLX 350.
“Moto de cross” (ainda se fala assim?), preta e amarela.
Estava numa fase de “Rali Paris-Dakar”, querendo ser o novo Cyril Neveu.
Mas, rapidamente percebi que não seria um PILOTO de MotoCross... Era meio “covarde” naquele treco.
Mas dava umas voltinhas, andava por estradas de terra. Cheguei a ir pra Ubatuba com aquela coisa.
Até que um dia, no inverno (a moto “morava” em São Luiz do Paraitinga), resolvi dar uma volta. 
Todo paramentado: botas, jaqueta de couro, luvas, capacete.
Sai com a bichinha, andei 5 quilômetros e voltei.

Não aguentei o frio.


Rapidamente troquei a moto por um jipe. 

(Sou muito mais carro que moto.)

Um Willys, 1962 (você não leu errado: era um 1962!!!), branco, 6 cilindros.
Em um dos muitos mecânicos que ele passou, ganhou o apelido de “Gasparzinho”.
Foram uns 20 anos com ele.
Minha mãe chamava o coitadinho de “amante argentina”. O que eu gastei de dinheiro com ele, acho que dava pra comprar um carro novo.

Era divertido.

Capota conversível, barulhento, quente, só três marchas, a primeira “seca”, gastão, duro, freio de mão inexistente, difícil de dirigir (aquilo era coisa pra gente grande!), mas divertido.

Muito divertido.

Nunca fiz trilhas com ele.
Peguei muita estrada de terra, chuva, lama (moderada...). 
Reboquei muito carro com ele.
Uma vez reboquei um caminhão.

(Tenho um monte de histórias dele. Um dia eu conto.)

Enfim, depois de muito tempo, achei que estava de saco cheio dele e vendi. Com dor no coração.
Vendi pra um colega, que trocou o motor e, até hoje, faz trilhas radicais com o “Gaspar”, como ele chama.

Mas, uma vez jipeiro, sempre jipeiro.

Tive uns 4x4 depois.
Uma “Pajerinho” e uma picape Nissan Frontier.
Mas não era a mesma coisa.

Fiquei “paquerando” (parece que o verbo “paquerar” não existe mais hoje em dia. Não se tem “paquera”: tem-se “crush”. O verbo será “crushar”?) jipes na internet.
Procurei uns Land Rover usados pra comprar. Tudo muito caro.

Aí, resolvi despirocar: comprei um jipe Troller, zero, vermelho.
Diesel, 5 cilindros, modernoso, ar condicionado, direção hidráulica, cd player, bancos de couro.
Só não comprei com câmbio automático porque não tem. Vou ter que reaprender a usar o câmbio manual. Acho que consigo.
Afinal, posso ter o “vírus do jipismo”, mas to ficando véio.
Preciso de um jipinho confortável. Apesar que “jipe confortável” é uma contradição em termos.

Ainda não peguei o jipinho. Devo pegar amanhã. Ia ser hoje, mas o motoqueiro que estava levando o documento caiu e se arrebentou.
Assim disse o vendedor...

Estou moderadamente ansioso.

Sei que é um sorvedouro de dinheiro. IPVA, seguro, manutenção e até estacionamento.

Mas, MCeQIL, eu trabalho pra que?

Estou em pleno trabalho de convencimento, visando levar a Su para algumas aventuras moderadas, com a desculpa de fotografar.

Afinal, estradas de terras e paisagens rurais sempre dão boas fotos.

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